sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Roger M. Parry, 1930

Atman: o ser imperecível: a centelha vital do divino, também é conhecido por outro nome: Algo.
No Kyudo (caminho do arco e flecha) os mestres japoneses acertam o centro do alvo, mesmo estando este centro do alvo no escuro: e os mestres ainda colocam uma venda nos olhos: quem é que, daí, acerta o centro do alvo senão o Atman ou o Algo?
A dica do Atman ou o Algo é simples: que de nós nada reste, a não ser a tensão, sem nenhuma intenção: Atman dispara a flecha: Atman acerta o centro do alvo: o Atman nunca erra, porque ele é o sim primordial: no Atman nunca há a impossibilidade: por isso, o que inconcebível para nós, para o Atman é simples, é natural.

Paul Biddle, 1993

Se uma folha cai num rio ou numa encruzilhada, ou até mesmo num lugar santificado por Shiva, que bem ou mal pode causar à árvore? A destruição do corpo é como a queda da folha, flor ou fruto. Não afeta em nada o Atman, que é nossa verdadeira natureza. Este sobrevive, como a árvore.

O Atman: o ser imperecível: a centelha vital do divino, é autoluminoso. O Atman não necessita de sol e nem de luz nenhuma. Sua luminosidade é o conhecimento e manifesta-se igualmente através de todos os objetos. Sua luz não é o oposto da escuridão.

O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma.

Há uma luz que brilha mais do que bilhões de sóis juntos. É a essência da alma. Essa é a luz que mora no coração.

Sat-Chit-Ananda
Sat-Chit-Ananda
Sat-Chit-Ananda
Sat-Chit-Ananda
Sat-Chit-Ananda

Sat: o Ser.
Chit: consciência.
Ananda: bem-aventurança.

Texto escrito por Shânkara:
sábio hindu do século 9 d.C. (788-820)