quarta-feira, 3 de junho de 2009

Todo dia é dia de Lakshmi



Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas de ouro.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Consuelo Kanaga, 1948

ESTA É A CONFIANÇA QUE TEMOS EM DEUS: SE LHE PEDIMOS ALGUMA COISA, SEGUNDO A SUA VONTADE, ELE NOS OUVE.
(1 João 5, 14)

Pés de ouro equilibram-se em peixes. Inciput erat verbum: no princípio era a palavra. A palavra é clarabóia sobre o pensamento escuro. Jesus cita as antigas escrituras para sugerir que somos deuses. Na fonte fria lavar cabelos, lavar cabelos na fonte fria. Pés de pluma equilibram-se em águas. Tenho confiança em Deus e a Ele peço três coisas, segundo a Sua vontade:

– a força da criança
– a força da poesia
– a força da música

Jeffrey Becom, 1987


A porta do senhor Buda.

Minha amiga querida,
o senhor Buda não reverencia nenhum Deus,
nem crê na alma,
nem no paraíso.

O senhor Buda tinha sempre a palavra "sunyata" ("vazio", em japonês) na ponta da língua.

"Sunyata", ao contrário do oco da morte, não dá medo, antes é uma estratégia oriental pra lá de magnífica: tornar-se "sunyata" ou "vazio", por exemplo, para não ser atingido pelo sabre da finitude, pela corrupta voz dos políticos, pela gripe suína etc.

O que há de oco numa xícara é "sunyata", e isto é belo como o Taj Mahal.

"Sunyata"
com a tessitura de átomos levíssimos dá aparência de ser "vazio", mas é pleno de invisível, de angélico prana.

Outro dia li que o prana não é o ar nem o oxigênio, mas matéria fina de toda certeza.

Prana: sopro vital, alento.

A palavra também é matéria fina de toda certeza e sua origem é a mesma que a do fogo.

Shakespeare disse: "Se a palavra é sopro e sopro é vida".

Já pronunciou Kant: "Devemos aprender a sermos invisíveis com mais humildade".

Um beijo

Fernando José Karl